Fessora Geração Z
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

O Mundo é Um Moinho

15:01




Se eu falar aqui do Sr. Angenor de Oliveira, não posso esperar que muita gente o identifique, mas se eu disser que este era o verdadeiro nome de “Cartola”, acredito que dispense as apresentações, mas... na dúvida : http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartola_(compositor)

A poesia abaixo é a letra de um dos mais bonitos – e famosos – sambas deste compositor que foi gravado, dentre outros, por Beth Carvalho, Ney Matogrosso e Cazuza.

Há uma polêmica sobre esta composição. Diz-se que Cartola a teria composto para uma filha que descobrira ser prostituta. Segundo relato de sua filha mais velha, Irinéa dos Santos, Cartola compôs essa música baseado em sua passagem pela adolescência que, com a curiosidade normal de uma garota de 16 anos, começava e acabava diversos namoros. O compositor então expressou sua preocupação, como qualquer pai em relação a uma adolescente, e resolveu assim fazê-lo através desta composição que é uma das mais importantes de seu acervo.



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O Mundo é Um Moinho

Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

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Pois bem, já que algumas das minhas turmas este ano ainda não tiveram muitas oportunidades para escrever, vou lançar um desafio e vocês têm UMA SEMANA para cumprir: cada um de vocês vai se imaginar como sendo o pai, ou a mãe, de um adolescente problemático e vai escrever uma mensagem para esse filho – ou filha – da mesma forma que Cartola fez. Não precisa ser uma poesia, pode ser em prosa (espero que saibam do que estou falando).

O melhor de cada turma vai ganhar um ”bônus” na média de Matemática da 3ª Etapa.

Vamos lá, gente. Mão à obra! Podem mandar por e-mail, ou me entregar na escola até a próxima 4ª feira, 21 de setembro.



Cartola (esquerda) com seu pai


Beth Carvalho


Ney Matogrosso


Cazuza


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Professores nem sempre estão certos...

14:12


“Costumava olhar para ele sentado no banco ao meu lado. Lembro-me de passar uns 45 minutos tentando convencê-lo a ir para a universidade. E ele dizia: ‘Não, ninguém na minha família foi para a universidade, não vou para a universidade’. E não conseguia fazê-lo mudar de ideia. Tecnicamente ele não é meu melhor pupilo. Seu som não tem o calibre de um pianista solo. Acho que seu dom consiste em ser capaz de ficar diante de uma multidão e falar com as pessoas, e acho que esse é um dom maravilhoso. Quanto ao seu dom musical, não quero parecer maldosa, mas ele não é bom. Se você entra para a Academia Real de Música, espera-se que aprenda música clássica e que seja capaz de tocar as coisas maravilhosas que as pessoas famosas tocam, e ele não fez nada disso. Então, desse ponto de vista, eu fracassei.”


Declaração de Helen Piena, professora de piano do jovem Regginald Dwight na Royal Academy of Music, de 1958 a 1962.


Hoje, Reg Dwight é mais conhecido como...




 ELTON JOHN!


Portanto, se algum professor disser que você é um fracasso total e tentar fazê-lo ingressar numa outra carreira que não a de seu interesse, lembre-se de Helen Piena e simplesmente... sorria!





Fonte: DAVID BUCKLEY - "ELTON JOHN - A BIOGRAFIA" - ISBN: 9788504017250 

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Centro Cultural da Marinha

16:53



Meus meninos e meninas,


Eu estava deixando para ficar mais próximo o dia do passeio para falar com vocês, mas como houve agora toda essa polêmica em torno à ida de pouquíssimos alunos à Bienal do Livro, estou me antecipando para organizar logo o próximo passeio já agendado.

Entrei em contato com os responsáveis pelo Espaço Cultural da Marinha ainda no mês de junho deste ano tentando agendar um passeio marítimo e uma visita à Ilha Fiscal e só consegui vaga para o dia 24 de novembro naquela de pegar ou largar. O número máximo de alunos permitido sob a responsabilidade de um só professor é 50, e fechei com eles assim, até porque o maior número de presentes a uma das minhas atividades fora da escola foi 33.

Alguns dias depois, recebi o e-mail que reproduzo abaixo:



Anexo a esse e-mail vinha o seguinte documento:

Clique para ampliar


Como podem ver, dessa vez o passeio tem que ser todo organizado, com pagamento dos ingressos feito por depósito bancário com certa antecedência, etc e tal. Bem do jeitinho que a Marinha gosta!

Vou preparar um documento oficial da escola, já que, dessa vez, o passeio envolve valores que devem ficar sob a minha responsabilidade, mas até lá, para não levantar expectativas, vou passar logo a lista dos 49 “contemplados” – uma vaga é minha – com a vaga no Rebocador Laurindo Pitta:


1
Aline de Carvalho
2
Allan de Oliveira Lopes
3
Ana Leticia Freitas Barbosa
4
Atila Luna Ambrósio da Silva Macry
5
Beatriz Silva de Magalhães
6
Bruna Garrido Caetano
7
Carolina Kushidonti Escarlate Fonseca
8
Carolina Souza dos Santos
9
Caroline Araujo de Abreu
10
Danilo Siqueira de Oliveira
11
Diego Vasquez
12
Evelyn Dias
13
Graziele F Metallinos de Carvalho
14
Gustavo de Mello da Costa
15
Igor Fernando
16
Igor Leal Costa
17
Igor Silva de Sousa
18
Jhennyfer Alves Santana Dias
19
João Paulo B de Oliveira
20
Kelvin Lucas R Barbosa
21
Leonardo Bertolucci Alves
22
Lívia Girard
23
Luan Barbosa Fernandes
24
Lucas Santa Ana Suzek
25
Luiz Gabriel Oliveira
26
Luiz Humberto de Oliveira Bernardo
27
Mariana de Souza Gomes
28
Mariana Siqueira Lopes
29
Marianmester Souza Sascho
30
Matheus Henrique
31
Monica Carvalho
32
Nicole Araujo de Lima
33
Pamela Lopes da Ressurreição
34
Patrick Lira da Silva
35
Patrick Nascimento Rocha de Oliveira
36
Raiane Pacobahiba
37
Raquel Bibiana Faria
38
Renan dos Santos Ribeiro
39
Renata Cybelle Soares de Souza
40
Rodrigo Fernandes Araújo
41
Thainá Cristina E de Aquino
42
Thamiris Vieira da Silva
43
Thayná da Silva Dourado de Souza
44
Thayza dos Reis Costa
45
Thiago Lincoln Correia G de Melo
46
Thiago Santos da Silva
47
Vitória Reis da Silva
48
Wellington Correia
49
Yasmin Ribeiro da Silva



Nesta lista, estão relacionados aqueles que participaram de qualquer uma das atividades extraclasse no período entre 19/6/2011 (Exibição do filme “That’s What I Am”) e 14/7/2011 (Passeio à Quinta da Boa Vista ) e serão contatados por e-mail, assim que eu tiver o documento da escola autorizando o recebimento do dinheiro referente ao pagamento dos ingressos.

Enquanto isso, indo ou não indo ao passeio, todos podem ir navegando virtualmente no website da Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha: http://www.mar.mil.br/dphdm/ e também ir aproveitando as fotos de Arnaldo Interata, (clique sobre as imagens para vê-las ampliadas) mas só enquanto não tiramos as nossas :-))










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A escolha de Telma

16:59



Não sei se já ouviram falar do livro ”A Escolha de Sofia”, transformado em filme de muito sucesso com Meryl Streep no papel principal e que lhe rendeu um Oscar. É a história de uma polonesa que esteve num campo de concentração e lá teve que escolher quem mandaria para o crematório: a filha mais nova ou o filho, mais velho.

Não vou contar a história toda, mas quero que entendam que, na vida, temos muitas vezes que fazer escolhas difíceis.

Acabo de receber um telefonema da Faetec disponibilizando apenas 15 vagas num micro-ônibus para ir à XV Bienal do Livro. Lamento muito, mas eu tinha que usar um critério para fazer essa escolha dos 14 alunos – uma vaga é para mim, óbvio (rss) – e optei por escolher, dentre as minhas turmas de 3ª f, 1.111 e 1.112, as 14 maiores médias.

Estou colocando no Scribd uma cópia da autorização para ser assinada pelos responsáveis (abaixo) e, no caso de alguém não querer ir, é como se eu estivesse dando a cada um desses 14 alunos uma entrada para a Bienal e, se ele não for usá-la, dará para quem ele quiser. Já foi difícil estabelecer esse critério, pois fiquei sabendo disso em cima da hora, depois de já ter voltado à casa... não quero ter que escolher mais nada.

Os 14 alunos com maior média são:

Turma 1.111

Ana Leticia Freitas Barbosa
Beatriz Silva de Magalhães
Bruna Garrido Caetano
Carolina Souza dos Santos
Marcelo H. Bourseau Nunes
Nicole Araujo de Lima
Yago Vieira da F. dos Santos

Turma 1.112

Ana Clara Borges
Bárbara Luíza Pinho Muniz
Isabela Verde Moura
João Victor de Oliveira Cardoso
Joseana de Mendonça Cardoso
Thayza dos Reis Costa
Vitória Reis da Silva



Todos têm que estar na escola antes das 13 horas amanhã, dia 06 de setembro, pois sairemos às 13:00 h e voltaremos às 18:00h. Lamento por quem não poderá ir, mas não há de faltar outras oportunidades...




Visita-BIENAL


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Vossa Excelência me concederia um favor?

10:14



"Prezado Deputado ********,

Gostaria de me apresentar, antes de apresentar os motivos que me levam a lhe escrever.

Meu nome é Telma Castro Silva e sou professora de Matemática no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), que faz parte da rede FAETEC, oferecendo formação superior em Educação e formação técnica em Informática (Processamento de Dados), Gestão (Administração), Secretariado Escolar e Formação Geral.

Recentemente os profissionais de educação da Faetec estiveram em greve durante 10 dias no mês de agosto, mas até chegar à greve propriamente dita, houve nove dias de paralisações de advertência.

Não me compete aqui questionar esse movimento, mas durante os dias de paralisações nos meses de junho e julho, optei por desenvolver atividades culturais fora da escola levando meus alunos a museus como o Museu de Astronomia e o Museu Nacional; pontos turísticos como o Corcovado e o Jardim Botânico; assim como a eventos culturais como à 2ª Feira Faperj de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Toda essa longa introdução é apenas para esclarecer porque uma professora de Matemática – e não de Literatura ou Língua Portuguesa – deseja levar suas turmas a visitar a XV Bienal do Livro no Riocentro. Tenho seis turmas de Ensino Médio no ISERJ, totalizando 150 alunos, e em nenhuma dessas turmas os professores se interessaram por levá-los à Bienal. Como me tornei um tipo de “guia turístico” para os alunos, eles vieram me pedir para organizar o passeio.

Fui conversar com o Diretor do CAp ISERJ e ele me deu todo apoio possível, mas esse apoio se traduz na autorização para fazer o passeio e num formulário – que preenchi e encaminhei – solicitando à Faetec o transporte para meus alunos. Por outro lado, o diretor me disse que não colocasse muita expectativa no retorno da Faetec ao meu pedido, pois há apenas um pequeno número de veículos disponíveis para eventos como esse.

Também tentei conseguir alguma coisa através da Associação de Pais do ISERJ (APIERJ), mas não obtive mais do que uma “promessa de tentativa”, se é que posso me expressar assim.

Todos os passeios que fiz com meus alunos foram usando transporte coletivo, já que os estudantes da rede pública têm RIOCARD, mas para ir da Tijuca – o ISERJ fica na Rua Mariz e Barros, 273 – ao Riocentro, teríamos que tomar três ônibus numa jornada de, aproximadamente, duas horas. Três ônibus para ir e mais três para voltar, sem contar com a ida e volta de cada aluno de casa à escola, é muito cansativo, além da preocupação e responsabilidade de um único professor com tantos adolescentes, o que torna inviável a visita à Bienal sem um transporte adequado.

Meus alunos têm mais de 14 anos, não estando incluídos na gratuidade de ingresso à feira, mas eles não se importam em pagar R$ 6,00 pela entrada, só não podem pagar pelo aluguel de um ônibus e se não conseguirem esse transporte, possivelmente não irão à Bienal este ano.

Seria possível que Vossa Excelência conseguisse transporte gratuito para que eu pudesse levar esses jovens a um evento cultural da importância da XV Bienal do Livro? Muitas vezes, se a escola não tomar a iniciativa, os “meninos” acabam recebendo a Educação mínima, limitada aos muros de uma escola, quando o mundo real está do lado de fora.  Quando organizei o passeio ao Corcovado, poucos alunos puderam arcar com o custo de R$ 18,00 (aproveitamos o Projeto Carioquinha) e nenhum deles jamais havia ido ao ponto turístico mais importante do país, mesmo vivendo no Rio de Janeiro. A mesma coisa aconteceu quando fomos ao Jardim Botânico, que apesar da entrada gratuita, fica na Zona Sul e a quase totalidade dos alunos do ISERJ mora nos subúrbios da cidade.

É fácil dizer que os jovens não se interessam por atividades culturais, principalmente quando não lhes oferecemos oportunidade de conhecê-las.

Agradeço antecipadamente por seu tempo e consideração e fico no aguardo de um breve retorno, assim como na torcida para que meu pedido possa ser atendido.


Atenciosamente,


Telma Castro Silva
Matrícula Faetec 0221624-0"



Carta enviada por mim, hoje, dia 1º de setembro de 2011, a 25 deputados e ao Sr. Sérgio Cabral Filho, governador do Estado do Rio de Janeiro



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Os 10 mandamentos do mau professor

07:15




1.      Comece a aula reclamando do salário

Principalmente se você trabalhar em uma escola pública. O aluno sabe que está ali “de graça” e, à medida que você o conscientiza do quanto é mal pago, valoriza seu diletantismo e constrange o aluno que vai se sentir mal se questionar qualquer atitude do professor que, afinal, está ali fazendo o grande favor de lhe dar aula.  Não se esqueça também de comentar –   casualmente – que a categoria está em estado de greve e de deixar nas entrelinhas que o término do ano letivo está seriamente ameaçado. Aluno ameaçado é aluno calado!

2.      Chegue atrasado e saia de sala antes do fim da aula

No pouco tempo que lhe resta, corra desesperadamente com a matéria, enfatizando como o planejamento é extenso e que é impossível dar todo o conteúdo em tão pouco tempo. Não dê tempo nem oportunidade para o aluno fazer perguntas, pois elas atrasam o bom andamento da aula. De preferência, escreva bastante no quadro e apague antes que o aluno tenha tempo de copiar, sempre valorizando sua habilidade de passar a maior quantidade de conteúdo no menor intervalo de tempo.

3.      Não aprenda os nomes dos alunos

O mau professor que se preza, jamais vai perder tempo memorizando nome de aluno, até porque adolescentes são todos parecidos, ainda mais quando usam uniformes. Coisinha, gorducho, quatro-olho, espinhento, são formas fáceis de identificação e que deixam claro o quanto o professor é ocupado dando aula em três ou quatro escolas além de ser um exemplo de praticidade e interesse seletivo. Qual o sentido em guardar o nome de alguém que, no próximo ano, não terá nenhum vínculo om você?

4.      Não ligue a mínima para a própria aparência

Professor bem vestido pode parecer que passou muito tempo se arrumando... pra quê? Pra ir dar aula? Aquela calça amarrotada e manchada com a camiseta promocional de uma operadora de telefonia móvel fazem uma dupla perfeita para quem vai passar 40 ou 50 minutos falando para um bando de garotos e ganhando um salário de fome pra fazer isso. O tênis é o complemento que indica que conforto é sua prioridade. Melhor deixar pra só se arrumar para quem tem alguma importância na sua vida, e seus alunos não se enquadram nessa categoria.

5.      Prepare avaliações integradas

Não integradas com outras áreas como essa besteira que o ENEM propõe. As questões devem ser integradas umas com as outras. Para fazer a segunda questão, o aluno precisa saber o resultado da primeira e assim por diante. As questões também devem ser longas, pois assim, mesmo que o aluno seja capaz de resolvê-las, não terá tempo para tal e, como uma questão depende da outra, ele possivelmente entregará a prova em branco, o que facilitará bastante sua correção.

6.      Distribua as questões da prova em dois graus de dificuldade

Metade da prova com questões ridículas e a outra metade com questões impossíveis. O mau aluno não vai reclamar, porque vai estar sempre na média, e o bom aluno jamais poderá se vangloriar, já que jamais poderá tirar uma boa nota. Bons alunos podem ser muito arrogantes e é melhor lhes cortar as asas antes que pensem em voar alto.

7.      Aumente a pressão

O momento da prova é um momento tenso, então nada de começar desejando “boa sorte” ou coisa que o valha. O ideal é ocupar metade da primeira folha com uma lista de regras para a resolução das questões, mais conhecida como não-pode. Não pode rasurar. Não pode escrever a lápis. Se escrever a lápis, deve passar caneta – azul ou preta – por cima, mas não pode deixar o escrito a lápis por baixo. Não pode abreviar palavras. Não pode escrever fora do espaço destinado às respostas. Não pode se esquecer de assinar a prova. Lembrando que, para cada item dessa lista, há uma penalidade imposta aos possíveis infratores como, por exemplo, “provas sem assinatura terão nota zero” ou “a cada rasura será descontado meio ponto”.

8.      Tolerância zero na hora da correção

Acertou, levou. Não acertou, perdeu. Essa história de ficar lendo e relendo uma questão, procurando alguma coisa certa para pontuação parcial é para a “tia” do Ensino Fundamental. Professor não é irmão do pai nem da mãe e não deve ficar passando a mão pela cabeça do aluno. O mundo é cruel e o mau professor tem a obrigação de começar a mostrar essa crueldade bem cedo.

9.      Não prepare suas aulas

Seu objetivo primordial é mostrar ao aluno o quanto você sabe mais do que ele. Se chegar em sala com uma aula preparada, pode dar a impressão que teve que estudar para dar aquela aula e isso o rebaixará ao nível dos pobres coitados que ainda têm alguma coisa a aprender. Aprender é função do aluno, jamais do professor. O livro didático tem tudo que o aluno precisa – e mais um pouquinho – então por que perder seu precioso tempo preparando alguma coisa além do que já está lá escrito e sacramentado?

10.   Educar é obrigação da família e não sua

Nunca, jamais e em tempo algum considere-se um educador. Educar é para pai e mãe em casa e você só tem que educar seus filhos e não os filhos dos outros. Não há concursos ou contratos para “educadores” e sim para professores, então deixe essa baboseira de Educação para quem não tem nada melhor a fazer.


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Estes são apenas os mandamentos básicos, mas para ser realmente um mau professor, você tem que se esmerar, se superar. É um trabalho árduo e que exige dedicação integral.

Poderíamos ressaltar aqui a importância da instabilidade emocional, pois maus professores têm sempre altos e baixos imprevistos de humor. Outro ponto crucial é a não integração com o aluno fora da sala de aula. Você já fica tempo bastante aturando o aluno dentro de sala, então, por que conversar com ele fora dali? A preparação de material impresso, quando inevitável, não pode nem deve ser feita em computador, com diagramação e outras frescuras. O mau professor, aquele que tem orgulho de ser realmente ruim, tira xerox de um livro, recorta o que lhe interessa e cola numa folha. Perder tempo digitando apostila... dá um tempo! Só falta agora querer que o professor prepare material novo a cada ano. O que foi bom para o aluno em 1987 será igualmente bom para o aluno em 2012, assim como a prova do turno da manhã não tem porquê ser diferente da prova do turno da tarde.

Para finalizar, lembre-se que você pode ser inesquecível, mas isso depende única e exclusivamente de seu empenho para tal. Aluno é ingrato e logo vai apagar da memória aquele professor “bonzinho” que perdeu a hora do recreio explicando uma mesma questão de várias formas diferentes até que o infeliz entendesse, mas jamais irá se esquecer do professor que lhe tomou uma prova e deu zero injustamente porque suspeitou que o aluno estava colando, ou daquele que o suspendeu por alguma irregularidade que o aluno não cometeu.

A escolha é sua!


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Mascotinho

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
"Sou apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder. Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar o meu destino. Com dignidade."

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