Fessora Geração Z
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

Jogo dos 100 Erros de Português

16:27





Caso não consiga acessar o jogo por aqui, vá até a página da Editora Abril: http://educarparacrescer.abril.com.br/100-erros/


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Matemática Instrumental

22:30




O conceito de “Matemática Instrumental”, de um modo geral, varia de acordo com a necessidade. Para um carpinteiro, por exemplo, haveria a necessidade de conhecer conceitos da Geometria como cálculo de áreas de figuras planas, enquanto que um vendedor precisaria saber calcular porcentagens, juros e outros conceitos da Matemática Financeira.

Ao trabalhar com alunos do Ensino Médio, não se pode saber ainda se, no futuro, ele será um carpinteiro, um vendedor, um filósofo ou um astrônomo então decidiu-se que todos deveriam saber Matemática o bastante para entrar num curso de Engenharia e ter base para aprender Cálculo Diferencial. Pelo menos é o que me parece ser a partir da extinção dos antigos cursos Clássico e Científico. Os estudantes saiam do Ginásio cada vez mais jovens e a adolescência foi-se estendendo até mais tarde e, de repente, tínhamos uma geração de jovens que precisavam de mais tempo e informação para decidir que carreira seguiria.

Não acho que isso seja ruim, de maneira alguma! Sou do tempo do “2º Grau” e do “Vestibular Unificado” e adorei não ter que decidir o meu futuro aos 14 anos. No meu caso particular, só fui decidir bem mais tarde e precisei passar um bom tempo cursando Engenharia Civil até descobrir que queria ser professora. É importante que o jovem amadureça antes de escolher o que vai ser durante os próximos 35 anos ou mais.

Bem, de 1971 a 1996, os alunos do atual Ensino Médio tiveram o mesmo aprendizado, não importando se seriam enfermeiros, advogados ou economistas. Na dúvida, ensinava-se tudo o que se podia, ao menos em Matemática. E o futuro advogado conhecia o Logaritmo Neperiano, e o futuro enfermeiro aprendia a forma polar dos Números Complexos, e o futuro economista tinha que saber calcular a área da seção oblíqua de uma pirâmide de base hexagonal... Ei! Por que estou usando os verbos no passado? O que mudou no ensino da Matemática de 1996 para 2011? A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de dezembro de 1996) parece ter seu texto considerado como um livro sagrado que cada um interpreta como acha conveniente. Por exemplo, o artigo 26 prevê um núcleo comum para o currículo do ensino fundamental e médio e uma parte diversificada em função das peculiaridades locais. A partir daí passou-se a prestar mais atenção à Etnomatemática, mas escolha 10 alunos do Ensino Médio e pergunte a eles, “O que é Etnomatemática?”, e vamos ver quantos sabem a resposta.

Não estou aqui criticando a Etnomatemática, pois nem tenho conhecimento para tanto. Sei do que se trata e até iniciei uma cooperação com o Professor Chateaubriand Nunes Amâncio que, em 2005, desenvolveu um projeto de Etnomatemática com professores da Escola Secundária em Timor-Leste. Não pude continuar trabalhando no projeto em função do meu próprio projeto na UNTL (Universidade Nacional Timor Lorosae), mas outros professores brasileiros do grupo da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) concluíram a pesquisa com o Professor Chateaubriand e publicaram um trabalho bem interessante. O que eu questiono é o fato de haver um trabalho como este em 2005 e em 2010 os professores da Escola Primária no país mais pobre do sudeste asiático continuarem a aprender(?) resolução de sistemas lineares, por escalonamento, mas isso é assunto para outro texto.

A questão aqui é que, assim como em Timor-Leste se tenta ensinar pessoas que não sabem somar frações a resolver sistemas de três equações com três incógnitas, no Brasil se tenta ensinar hipérboles a estudantes que mal sabem traçar o gráfico de uma reta. Ah, mas talvez um desses alunos vá entrar numa faculdade de Engenharia... E daí? Como encontrar o caminho do meio no ensino da Matemática?

Voltando a falar em Timor-Leste – apesar de eu ter dito que isso era papo para outra ocasião – foi lá que eu tive contato com o ensino do Português Instrumental. Tínhamos que dar um curso de formação de professores para 84 timorenses e apenas cerca de 20% deles falava Português. As dificuldades eram tantas que a professora de Língua Portuguesa decidiu que trabalharia com eles como se Português fosse uma Língua estrangeira (Para quem não sabe, Português é uma das Línguas oficiais em Timor-Leste. A outra é Tétum, a única falada pela maioria dos nossos cursistas) e daí eu resolvi trabalhar com a Matemática da mesma forma: como uma Língua Estrangeira! Comecei por ensinar termos da Matemática em Português e descobri que eles não sabiam o que era denominador, expoente, fator, coisas assim. E eu lá tentando explicar o Teorema de Pitágoras... No dia em que eu falei no “quadrado da hipotenusa” e um cursista perguntou se o teorema não era a respeito de um “triângulo”, percebi que tinha que mudar de estratégia. E não apenas durante o curso em Timor-Leste, mas, principalmente, quando retornasse ao Brasil.

E foi o que fiz. Me estruturei comprando laptop, netbook e um datashow “de bolso” para usar nas minhas aulas. Passei meses pesquisando e preparando material para trabalhar com meus alunos no ISERJ, mas é um trabalho contínuo, pois vou adaptando o curso à medida que percebo falhas. Estou contando com o apoio da direção que me facilitou até o acesso à escola pelo portão dos fundos para que eu não tenha que ficar andando pela rua com todo esse equipamento que, além de caro, é pesado, e também com a colaboração da coordenação de Informática que disponibilizou um laboratório para que eu possa usar como sala de projeção, já que as salas não têm cortinas nem persianas e meu “micro” projetor só funciona numa sala escura. Os alunos assistem vídeos e apresentações com aplicações simples da Matemática no dia a dia. Também acompanham o uso de softwares, mas por enquanto, só na tela e o próximo passo será a disponibilização de alguns computadores para que os próprios estudantes possam manusear programas para construção de gráficos e sólidos geométricos. Tenho certeza que a minha 2ª série vai preferir construir os sólidos usando o Google SketchUp do que montando-os com papel e cola como temos feito até agora, mas depois das provas vamos também montar estruturas geométricas com varetas de churrasco e estou certa que eles farão verdadeiras obras de arte!

A Matemática é uma linguagem, sem dúvida, e para dominá-la é necessário tocá-la, experimentá-la, vê-la inserida num contexto familiar e amigável. De que adianta ser fluente em uma Língua se não temos ninguém com quem conversar nessa Língua? Sem praticar, acaba-se esquecendo. E não é preciso conhecer todas as regras gramaticais para falar e escrever uma Língua. Ajuda, claro, mas dependendo do nível de fluência desejado, o mais importante é ser capaz de comunicar-se nessa Língua. Eu – sinceramente – não me lembro de muitas regras gramaticais do Inglês, mas sou capaz de falar, ler e escrever nessa que não é a minha Língua natal.

Quanto à “exatidão” da Matemática, deixemos isso para as máquinas. Para mim, a questão da Educação matemática não é étnica, mas sim temporal. Estive em salas de aula que só têm acesso pelo mar e fiz a viagem em barquinhos em que se tem que viajar embrulhado em um oleado para não se chegar completamente ensopado, mas lá todos os cursistas tinham um aparelho de telefone celular com calculadora! Então por que devemos passar um mês trabalhando racionalização de denominadores se em 2011 se pode facilmente dividir qualquer valor pela raiz quadrada de dois? E, aliás, quantas vezes na vida uma pessoa precisa dividir alguma coisa por raiz de dois? Vamos pensar numa CRONOMATEMÁTICA e adaptar nossas aulas ao século XXI!

Para mostrar um pouco do que estamos fazendo nessa minha experiência com a Matemática Instrumental (e cronológica), tenho um vídeo com alunos medindo ângulos usando um “teodolito caseiro” com o objetivo de calcular alturas inacessíveis como o topo de uma árvore ou o telhado da escola. Eles se divertem e aprendem a aplicar as razões trigonométricas. Também está no meu projeto para a segunda etapa do ano letivo, as visitas ao Museu de Astronomia e ao Complexo Cultural da Marinha. A Matemática também pode ser concreta e divertida, ainda que exata!



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Numa sinuca

10:16




A história da Sinuca começa em 1875, durante um terrível período de intensas chuvas, na cidade de Jubbulpore na Índia. Mas como toda boa história existem controvérsias, existem relatos de países reivindicando a criação na Inglaterra, França, Espanha, Itália, China e outros. O próprio nome “sinuca” é um abrasileiramento do termo inglês “snooker”. Atualmente existem várias tipos de jogos como mata-mata, bola 8, bola 9, vida, fuca, 21, carolina, etc. – muitos deles originados nos Estados Unidos e não na Inglaterra, como é o caso do snooker.

Costumava-se associar o bilhar à malandragem, com suas mesas em locais suspeitos e enfumaçados, assim como se pensava que tatuagens eram coisa de presidiários ou marinheiros. Da mesma forma como as tatuagens se popularizaram e hoje estampam a pele de homens e mulheres de todas as classes sociais e econômicas, as mesas de sinuca têm lugar em clubes sofisticados e residências.

Para relaxar um pouco - entre uma lista de exercícios e outra (rss) - aqui vai um momento lúdico, sem deixar de lado nossa boa e velha Trigonometria!






Cortesia de Douglas O. Matoso - Curso de Ciências da Computação Univ.Federal de Ouro Preto - UFOP



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"Sou apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder. Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar o meu destino. Com dignidade."

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