Fessora Geração Z
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

A presidenta foi estudanta?

17:05




Existe a palavra: PRESIDENTA? Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?


No Português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, a pessoa que preside é presidente, e não "presidenta", independente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata à presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre Português, só para ficar contenta".


Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná





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XV Bienal do Livro - Rio

00:09


www.bienaldolivro.com.br



Meus meninos,

Vocês sabem o quanto gosto de passear com vocês e como acho importantes essas atividades extraclasses. A Bienal do Livro é um grande evento e eu adoraria levá-los até lá, mas fui pesquisar e descobri que a distância da escola ao Riocentro é de mais de 30 km e que para chegar teríamos que tomar dois ou três ônibus e viajar por quase duas horas. É uma jornada e tanto!

O ideal seria que a iniciativa partisse dos professores de Português e Literatura, pois sei que eles têm experiência e já levaram algumas turmas a outras bienais no Riocentro, mas “atendendo a pedidos” – e como parece que fui promovida a guia turístico do ISERJ (rss) – vou falar com a direção para saber se a Faetec pode nos facilitar, pelo menos, uma van. Sem condução, sem condição.

Pra completar, estudantes acima de 14 anos têm que pagar ingresso no valor de R$ 6,00, meia entrada para estudantes mediante comprovação. Dessa vez, quem entra de graça são os professores :-))


Dêem uma olhadinha no mapa, só para ter uma ideia da distância:


CLIQUE PARA AMPLIAR



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Educação pode ser interessante?

16:06



Tem horas em que me pergunto se não escolhi a matéria “errada” para dar aula...

Por mais que eu adore meus números, e agradeça a Deus pelo dom do raciocínio lógico, às vezes fico pensando que minhas aulas são muito distanciadas da realidade dos alunos no século XXI. Mas também... a culpa não é minha. Acabei de postar uma linha do tempo na história da Matemática e ela parou em... 1716, quando morreu Leibniz, o criador do Cálculo Diferencial e Integral.

Eu bem que tento inserir a Matemática no dia a dia, integrá-la com outras matérias, mas não é muito fácil atualizar uma ciência cuja última novidade aconteceu há 300 anos. Botei meus alunos para compor funks usando fórmulas matemáticas e usei a questão salarial dos professores para falar de porcentagens, mas trabalho com uma ciência que apareceu em 1.800 AC!

Fui dar uma googlada por aí e fiquei morrendo de inveja dos colegas das outras matérias. Como deve ser interessante para vocês, alunos de 2011, estudar temas atuais na escola! Diretamente dos jornais para a sala de aula: só posso fazer isso se meu jornal for um papiro (rss).

Fiquei divagando e imaginando como seriam as minhas aulas se eu fosse professora de ...


Literatura Brasileira:

O lançamento de uma nova biografia de Lorde Byron, o autor de “Don Juan”, pode ser o início de uma linda aula sobre Romantismo e ir até à música de Gonzaguinha, que diz:

Chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar e tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim
Como se fosse o sol desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor desta manhã

Tem coisa mais romântica que isso?



Língua Portuguesa:

Que tal aproveitar esse debate todo sobre linguagem e exclusão social para trabalhar com letras de funk em sala de aula? Claro que não dá pra pegar aqueles funks cheios de palavrões porque logo haveria uma fila de pais fazendo queixa – embora eu ache que o palavrão faz parte da Língua –, mas no funk tem coisas ótimas para estudar gramática.


Em matéria de amor
Todos me conhecem bem
Vou fazer tu vibrar
No meu estilo vai e vem...

Essa “Vou fazer tu vibrar” pode ser tema de uma boa aula!



Língua Estrangeira:

Essa é até covardia. Estou pensando em fazer a prova e tirar o CPE da Cambridge pra poder dar aula de Inglês. Eu viajaria quase que literalmente com a turma nas letras de músicas como “I Love Paris” e “New York, New York”.



Biologia:

Aproveitando o filme "A Criação", de 2010, sobre a vida de Charles Darwin, discutiria a evolução das espécies, debatendo ainda a polêmica sobre Educação x Religião causada pelo tema.





Física:

Depois do terremoto, em março, no Japão, o assunto tornou-se mais do que debatido e não há melhor lugar que a sala de aula para isso.



Química:

O doping de César Cielo por contaminação num suplemento alimentar ainda está nas manchetes, então por que não aproveitar o assunto numa aula de Química?



História:

A História é um carro alegre
cheia de um povo contente
que atropela indiferente
todo aquele que a negue







Pode-se começar por aí o estudo de regimes totalitários na América Latina.



Geografia:

Está nos noticiários esta semana: Espanha é a “bola da vez” da crise mundial. Não sai daí uma ótima aula de Geografia?



Sociologia:

Outra covardia... todos sabem como sou apaixonada pelo Chico Buarque. Não é à toa que meus gatos se chamam Chico e Carolina ( Nos seus olhos fundos/ Guarda tanta dor/ A dor de todo esse mundo ).




Percorrendo as letras de suas canções dá pra fazer um perfil sociológico do Brasil nas últimas quatro décadas.



Filosofia:

Enquanto o mundo tenta entender os conflitos em Londres, uma aula de Filosofia pode ser extremamente interessante debatendo liberdade e igualdade na visão de Rousseau que diz, “O homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”.



Artes:

Todo mundo está comentando o desenho “Rio”, então por que não fazer uma animação na aula de Artes?




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A Matemática na Linha do Tempo

12:23


O cartaz de divulgação da 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP - 2011) traz as imagens de figuras relevantes para a Matemática ao longo da história.

No site da OBMEP (http://www.obmep.org.br) esse cartaz é mostrado como uma imagem "clicável" e, à medida que se passa o mouse sobre cada figura, surge uma descrição das descobertas da Matemática na época correspondente.

Na impossibilidade de apresentar o mesmo script nesse blog, transformei em imagem comum cada uma das 7 descrições e vou deixar aqui como curiosidade :-))

















OBMEP - 2011


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Balançando em uma Estrela

11:14











Vídeo produzido pelo Laboratório Multimídia do ISERJ


 

Gostaria de se balançar em uma estrela
Engarrafar o luar
E ser melhor do que você é
Ou você prefere ser uma mula?


A mula é um animal com orelhas compridas e engraçadas
Não liga para o que ouve
Seu lombo é forte, mas seu cérebro é fraco
É apenas estúpido com um traço de teimosia
E, a propósito, se você odeia ir à escola
Você pode se desenvolver para ser uma mula
 

Ou gostaria de se balançar em uma estrela
Engarrafar o luar
E ser melhor do que você é
Ou você preferiria ser um porco?


Um porco é um animal com sujeira na cara
Seu lugar é uma desgraça terrível
Não tem boas maneiras quando come
É gordo e preguiçoso e extremamente rude
Mas se você não liga a mínima para isso
Você pode se desenvolver para ser um porco


Ou gostaria de se balançar em uma estrela
Engarrafar o luar
E ser melhor do que você é
Ou você preferiria ser um peixe?


Um peixe não faz nada além de nadar num riacho
Não é capaz de assinar o nome ou ler um livro
Só pensa em driblar as pessoas
E mesmo sendo escorregadio, ele ainda é pego
Mas se é esse tipo de vida que você deseja
Você pode se desenvolver para ser um peixe
Um novo tipo de peixe saltador
 

E nem todos os macacos não estão no zoológico
Todo dia você encontra alguns deles
Então você vê que tudo depende de você
Você pode ser melhor do que é
 

Você poderia estar se balançando em uma estrela 



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AQUI JAZ UMA GREVE

19:34



O sonho acabou



Feitos de palhaços



Volta às aulas após a greve



 
Opinião de alunos da Faetec no Facebook






OPINIÃO DE UM ALUNO: 


RESPOSTA DE UMA PROFESSORA:  




Quando a colega diz, “A categoria não aderiu à greve. 150 ou 200 professores em uma assembleia para determinar o destino de uma categoria que tem 3.500 profissionais.”, ela está absolutamente correta. A diferença entre a opinião dela e a minha é que ela alega que apenas 5% dos profissionais compareceram à assembleia porque têm outras fontes de renda e não se importam com o salário que recebem da Faetec, e eu discordo integralmente disso. Atenção colega: não estaria na hora de fazer um mea-culpa e refletir melhor sobre as razões que levaram 95% de uma categoria a não comparecer às assembleias?

Teria sido essa greve bem estruturada?
O movimento aconteceu no momento certo?
Seria este sindicato realmente representativo e atuante?
Por que, usando suas próprias palavras, a mídia não deu espaço à greve?

Nunca deixei de participar de uma greve. Essa foi a primeira vez que “furei” uma greve na vida e confesso que, a princípio, me senti até um pouco constrangida por isso. Trabalhei 15 anos na rede particular de ensino e participei de todas as assembleias promovidas pelo SINPRO. Banquei as greves sem ter imunidade e fui demitida de uma universidade onde tinha 42 horas-aula por semana, e não me arrependo disso. Fiz greve na Faetec e tive os dias descontados porque não consigo fazer greve e ir à escola só para assinar o ponto – como vi acontecer em outras ocasiões, assim como vi acontecer nessa última semana. Muitos colegas que, como eu, vivem do que ganham no magistério e fizeram outras greves, escolheram continuar trabalhando entre os dias 03 e 12 de agosto. Não seria o momento de parar para pensar sobre o que levou esses professores, normalmente atuantes em questões políticas, a não participar da greve?

Entre os meses de junho e julho de 2011, tivemos nove “paralisações de advertência” na Faetec. Eu nunca tinha visto isso! Nove avisos? Isso já não teria sido uma demonstração de fraqueza?

A Faetec “embarcou” no movimento dos professores da SEEDUC. Foi o SEPE quem começou a movimentação e definiu o índice de 26%. Estariam os Profissionais de Educação da Faetec na mesma situação do pessoal da SEEDUC? Teria sido sábio unir os movimentos? Os recém-concursados da Faetec alegam que recebem o mesmo salário que é pago pela SEEDUC e não tenho porque duvidar, mas essa não é a realidade da grande maioria. Comparando meus contracheques com os de um amigo da SEEDUC, calculei (e sou boa em cálculos) que ganho 30% a mais do que ele, e temos ambos a mesma graduação e mesmo tempo de serviço.

Nosso movimento começou em maio e só tivemos uma reunião com a diretoria do SINDPEFAETEC na minha escola, o ISERJ, no dia 02 de agosto, véspera da assembleia que decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Nessa reunião ficou claro que há uma divergência de opiniões entre os membros da diretoria e as justificativas que nos deram para não terem convocado nenhuma reunião no ISERJ antes beiraram os limites da ética, citando nominalmente quem que deveria ter trabalhado nessa mobilização e falhou. Seria essa uma demonstração de unidade?

E quanto à mídia? Apesar das faixas de “ABAIXO A DITADURA” nas manifestações da categoria, vivemos num país livre e a imprensa tem liberdade para falar sobre o que quiser e bem entender – graças a Deus e à minha geração que lutou bravamente por esse direito. Mas já joguei fora as minhas camisetas com os mesmos dizeres há mais de vinte anos... Hoje, a mídia só divulga o que julga interessante, tanto que não faltou divulgação para os movimentos das Secretarias Estaduais de Educação em diversos estados do país. O movimento da Faetec só começou a ser mencionado há poucos dias, depois que pegou carona no movimento do SEPE. Seria culpa da mídia ou do sindicato que se esqueceu de mobilizar as associações de pais e incluir as famílias dos alunos no movimento?

Só para finalizar, não existe na raça humana quem não queira mais do que tem. De monges tibetanos a madres franciscanas – todos querem algo mais. Eu quero! Como dizia o teólogo William Ward, “Há os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os que procuram ajustar as velas.". Talvez este seja o momento do ajuste e não o de lutar contra os moinhos.


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Crônica de uma Greve Anunciada

22:36




Pois é gente... greve a partir de hoje, 03 de agosto de 2011, e não sei quando irá terminar...



Assisti à transmissão da assembleia pela Internet e  passava pouco das 16 horas quando aconteceu a votação e a proposta de greve foi ovacionada pelos presentes (vídeo abaixo). Era previsto que isso iria acontecer. Estamos há nove anos sem aumento, com perdas salariais calculadas em 55,5%, e a Faetec nos oferece 3,5% quando pedimos 26% de reajuste emergencial. Só podia dar no que deu. Ontem, na prévia feita no ISERJ, mais da metade dos professores votou por greve por tempo indeterminado. O restante absteve-se de opinar e apenas um professor posicionou-se contra a greve. Não sei como avaliar essa votação, pois havia uns 60 professores presentes, mas pelos papos que andei ouvindo na sala dos professores, a maioria vai mesmo parar. E daí? O que é que a gente faz agora?



Muitos dizem que quem não faz greve é covarde. Quero ver a coragem de enfrentar um piquete na porta e entrar na escola pra trabalhar sob os olhares dos colegas grevistas que estão arriscando a pele para conseguir uma melhoria que, no final, beneficiará também àqueles que não fizerem greve. Mas será que é assim mesmo?



Nosso ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, notabilizou-se como representante do Sindicato dos Metalúrgicos que liderou uma greve da categoria em 1977. Eu disse: 1977! Em 1977 eu estava correndo de policiais montados em cavalos gigantescos que usavam para dispersar as passeatas. Era outro mundo, era outro momento. Vocês conseguem me imaginar com cabelo escuro, bem comprido e cacheado, vestindo saia indiana e calçada com chinelos de sola feita com pedaço de pneu? Pois é, era assim que eu andava pelas assembleias da UNE que aconteciam em auditórios escuros nos quais não se podia falar alto para não chamar a atenção da polícia militar que já entrava de cassetete na mão distribuindo paulada.



Quando eu disse nas minhas turmas, essa semana, que haveria piquetes de grevistas na porta da escola, muitos me perguntaram, “O que é piquete?”. Diretamente do “Aurélio” pra vocês:



“pi.que.te(ê)



Substantivo masculino.



1.Corpo de soldados que formam guarda avançada.

2.Pequena estaca que se crava no terreno para marcar um ponto em trabalho topográfico.

3.Bras. Grupo de funcionários que se posta à entrada de empresas para impedir a entrada de outros, por ocasião de greve.



O mais velho dos meus aluninhos já nasceu na década de 90 e nem sabe do que se trata. Vocês têm a sorte de ter nascido num país livre e essa liberdade foi conquistada pela mobilização de um povo que foi à luta protestando nas ruas. Brigamos e ganhamos! Agora não estaria na hora de virar a página?



Ainda há razões pelas quais se deva lutar? Claro que sim. A luta continua, companheiros! Só acho que podemos ser mais criativos na nossa forma de reivindicar nossos direitos. Ah! E nunca – jamais e em tempo algum – nos esquecermos dos nossos deveres.



Eu quero um melhor salário! Eu quero receber vale-transporte! Eu quero ter uma sala para montar um laboratório de Matemática! Eu quero ter o elevador da escola funcionando! São alguns dos meus direitos e acredito que ninguém ache que estou pedindo alguma coisa absurda.



Mas também tenho meus deveres e, dentre eles, está o de oferecer o melhor ensino possível aos meus alunos, dentro das condições que me são oferecidas, e vou continuar tentando fazer isso. Por essa única e simples razão, não vou aderir à greve! Não estou preocupada em perder as férias nem em ter que trabalhar nos finais de semana para repor as aulas perdidas. Já tivemos 12 paralisações na escola esse ano, mas acredito que, por enquanto, ainda estamos dentro do número mínimo de aulas exigidas pelo Estado. Hoje houve uma paralisação e eu dei minhas aulas normalmente. A partir de amanhã haverá greve e eu continuarei a ir à escola para dar aulas e minha prova da 2ª etapa continua marcada para o dia 12 de agosto, até segunda ordem.



Hoje eu falei com as minhas turmas que eu não trabalho em linha de montagem. Numa metalúrgica, como aquela em que trabalhava o Lula há 30 anos, o cara que colocava a porca não podia trabalhar se o outro, que colocava o parafuso, estivesse em greve. Eu não dependo de outro professor para dar a minha aula, mas dependo dos alunos e só posso “furar” a greve se vocês forem à escola. Mandei aquele e-mail – considerado E-NOR-ME – no dia 17 de julho, pedindo a vocês que falassem sobre o assunto em casa, com as famílias. Não tive UMA ÚNICA RESPOSTA. Hoje, por exemplo, tive 33% de presenças na Turma 1.113 e 54% na Turma 1.209. Vamos ver como vai ser amanhã, mas não posso chegar na diretoria dizendo que vou continuar a dar aulas e provas se só tiver um pingo de alunos em sala de aula! Sexta-feira, dia 05 de agosto, vou estar na escola, às 13 horas, esperando pelas turmas 1.109 e 1.110 que têm, inclusive, que entregar um trabalho para nota. E se os alunos não aparecerem?



Está na hora de VOCÊS se posicionarem. Não pensem pela minha cabeça, nem pela cabeça dos professores A, B ou C. Avaliem o movimento, informem-se sobre as reivindicações dos professores e sobre as propostas do governo para atender a categoria. Depois, se for o caso, tomem algum partido.



Deus nos ajude!











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MUDE!

22:28




Mude, 
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.

Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.

Tente.

Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.

Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.

Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.

Mude.

Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.

Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.

Só o que está morto não muda!


Autor: Edson Marques






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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
"Sou apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder. Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar o meu destino. Com dignidade."

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