Fessora Geração Z
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

Melô da Trigonô

13:20





Lancei um desafio nas minhas turmas do curso Técnico de Informática no ISERJ e acho que vai ser bem legal. Os alunos vão se dividir em grupos e terão que compor e interpretar canções que envolvam conceitos da Trigonometria. Eles podem fazer vídeos, apresentações no Power Point ou – como disseram os meninos da 1.109, “Quem sabe faz ao vivo!” – se apresentar na sala de aula.

Motrei alguns vídeos que achei no YouTube, com o intuito de inspirá-los, e já houve promessas de raps, em Português e em Inglês, já que os vídeos apresentam estudantes americanos, mas também teve quem se comprometesse a fazer um samba, com direito a solo de cavaquinho. Encontrei muitos vídeos com músicas cantadas em Português, mas praticamente todos são com professores e o legal vai ser testar a criatividade dos alunos.

Abaixo, alguns dos melhores vídeos de exemplo:





Rap da Trigonometria com o professor e as trigono-cats

Sine, Cosine, and Tangent are functions which use
special ratios of triangles that one shouldn't lose.
The purpose of this Rap song is to show you the best way
of remembering Sine, Cosine, and Tangent on the test day.

Sine is the first function which we learned to use
and is equal to the opposite over hypotenuse.
The opposite divided by the hypotenuse
is equal to the Sine of the angle we use.

Cosine is the next one which we learned to use
and is the closest side over the hypotenuse.
The closest side divided by the hypotenuse
is equal to the Cosine of the angle we use.

Tangent is the last function which we have tried
and is equal to the opposite over the closest side.
The opposite divided by the closest side
is equal to the Tangent of the angle we've tried.

Learning this Rap song has paved the way
to passing the test that you will take on Friday.
We will sleep easily at night knowing that
our teacher has taught us the Trigometric Rap.

Seno, Cosseno, e Tangente são funções que usam 
razões especiais em triângulos que ninguém deveria deixar de aprender. 
A idéia deste Rap é lhe mostrar a melhor maneira
de se lembrar de Seno, Cosseno, e Tangente no dia da prova. 
 

Seno é a primeira função que aprendemos a usar
e é igual ao (cateto) oposto sobre a hipotenusa. 
O oposto dividido pela hipotenusa 
é igual ao Seno do ângulo que consideramos. 
 
Cosseno é a que aprendemos a usar em seguida
e é o lado mais próximo (adjacente)  sobre a hipotenusa. 
O lado adjacente dividido pela hipotenusa 
é igual ao Cosseno do ângulo que consideramos. 
 
Tangente é a última função que nós provamos 
e é igual ao oposto sobre o adjacente. 
O oposto dividido pelo lado adjacente
é igual à Tangente do ângulo que consideramos. 
 
Aprendendo este Rap prepara-se o caminho 
para passar na prova que você fará na sexta-feira. 
Dormiremos tranquilos à noite sabendo que 
nosso professor nos ensinou o Rap trigonométrico

Nota da tradutora: Em Inglês, não há correspondente à palavra “cateto”. A palavra "cateto" vem do grego Kathetos que significa "que cai perpendicular".


O Melhor Rap dedicado ao amigo Pitágoras





Estilo Pop





O Rap do SOH-CAH-TOA





Este último, não estou apresentando pela qualidade da música ou dos conceitos envolvidos na letra, mas só pra gente morrer de inveja do quadro gigantesco touch screen que eles têm na sala de aula...






Um dia a gente chega lá! :-))


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Homofobia é Crime (?)

10:40





Criticar é fácil e estou cansada de ver e ouvir críticas sem fundamento. Critica-se o que não se conhece em tom de “dono-da-verdade” como se fosse doutorado no tema que é alvo da crítica.

Não me sinto apta a criticar o projeto anti-homofobia do MEC, pois não o conheço, mas posso sim criticar o direito de conhecê-lo que me foi arbitrariamente retirado.

A suspensão da distribuição do, pejorativamente chamado, kit-gay às escolas deve ter seus motivos, mas por que não disponibilizar o material para que educadores, como eu, pudéssemos entendê-los?

Quando soube que a Presidente Dilma Rousseff havia determinado a suspensão do kit anti-homofobia, corri ao Portal do MEC em busca da cartilha, dos vídeos, de alguma descrição do projeto para tentar compreender o veto presidencial, mas não tive sucesso. E olha que sou boa em buscar coisas na Internet...

Encontrei os vídeos no YouTube, mas parece que foram postados meio como uma droga que se distribui ilegalmente ou, já que o assunto envolve escola, meio como uma “cola” que se passa disfarçadamente por baixo da mesa. Digitei “anti-homofobia” no YouTube e não achei nada. Experimentei “kit-gay” e apareceram os vídeos!

Ouvi qualquer coisa sobre a Presidente ter sido pressionada pela bancada religiosa da Câmara. Eu nem sabia que havia uma bancada religiosa... Se o ensino no país deve ser laico, por que há uma representação eclesiástica no governo? E o que é que tem a ver religião com combate à homofobia? Jesus não pregou o amor ao próximo? Discriminação, qualquer que seja, é uma forma de ódio e justificativa para guerra.

Sexo é um assunto tão difícil de ser tratado no Brasil que até parece que somos um povo assexuado, o que contrasta com nossa imagem estereotipada no exterior: corpos dourados e suados com muita pele à mostra. Nos Estados Unidos, a depilação à cera dos pelos pubianos é conhecida como Brazilian Wax, pois a sensualíssima mulher brasileira é famosa por usar biquínis tão pequenos que deixariam os pelos de fora.

Então, por que não podemos discutir abertamente a questão da sexualidade? Será que se eu sair em defesa de um gay, vou ser considerada gay também? E daí?

Sou heterossexual, mas isso não foi uma escolha minha, assim como não escolhi ser branca nem nascer no Rio de Janeiro. O negro não escolheu ser negro, mas é discriminado por isso, assim como o nordestino que migra para o sul e é discriminado por seu sotaque. O homossexual também não teve opção, mas é discriminado por isso. Quem é que vai ser um pária por escolha? Não tem essa de “opção sexual”. Vou optar por ser infeliz com meu próprio corpo e ter que lutar para ter a aparência exterior que minha natureza interior cobra do espelho? E virar motivo de chacota por isso? Não acredito...

Bem, voltando ao material preparado pelo MEC e vetado pela Presidente, gostaria de mostrar aqui um dos vídeos que consegui copiar (talvez sejam retirados do YouTube, quem sabe?) e que tem algo a ver com a minha escola. Este ano, um(a) aluno(a) transexual esteve matriculado(a) numa das turmas do turno da manhã. Só trabalho à tarde e nem cheguei a conhecê-lo(a). Também não sei as razões, mas soube que abandonou a escola antes das provas da primeira etapa. Talvez o problema comece na Língua Portuguesa que dá gênero a qualquer objeto e me obriga a ficar colocando (a), (a), (a)...












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ESTATUTO DO HOMEM

10:05

(Ato Institucional Permanente)


 
   Artigo I
 
   Fica decretado que agora vale a verdade.
   Agora vale a vida,
   e de mãos dadas,
   marcharemos todos pela vida verdadeira.
 
  
   Artigo II

   Fica decretado que todos os dias da semana,
   inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
   têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
 
 
   Artigo III
 
   Fica decretado que, a partir deste instante,
   haverá girassóis em todas as janelas,
   que os girassóis terão direito
   a abrir-se dentro da sombra;
   e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
   abertas para o verde onde cresce a esperança.
 
 
   Artigo IV
 
   Fica decretado que o homem
   não precisará nunca mais
   duvidar do homem.
   Que o homem confiará no homem
   como a palmeira confia no vento,
   como o vento confia no ar,
   como o ar confia no campo azul do céu.
 
           Parágrafo único:
 
           O homem confiará no homem
           como um menino confia em outro menino.
 
 
   Artigo V
 
   Fica decretado que os homens
   estão livres do jugo da mentira.
   Nunca mais será preciso usar
   a couraça do silêncio
   nem a armadura de palavras.
   O homem se sentará à mesa
   com seu olhar limpo
   porque a verdade passará a ser servida
   antes da sobremesa.
 
 
   Artigo VI
 
   Fica estabelecida, durante dez séculos,
   a prática sonhada pelo profeta Isaías,
   e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
   e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
 
 
   Artigo VII
   Por decreto irrevogável fica estabelecido
   o reinado permanente da justiça e da claridade,
   e a alegria será uma bandeira generosa
   para sempre desfraldada na alma do povo.
 
 
   Artigo VIII
 
   Fica decretado que a maior dor
   sempre foi e será sempre
   não poder dar-se amor a quem se ama
   e saber que é a água
   que dá à planta o milagre da flor.
 
 
   Artigo IX
   Fica permitido que o pão de cada dia
   tenha no homem o sinal de seu suor.
   Mas que, sobretudo, tenha
   sempre o quente sabor da ternura.
 
 
   Artigo X
   Fica permitido a qualquer pessoa,
   qualquer hora da vida,
   o uso do traje branco.
 
 
   Artigo XI
 
   Fica decretado, por definição,
   que o homem é um animal que ama
   e que por isso é belo,
   muito mais belo que a estrela da manhã.
 
 
   Artigo XII
 
   Decreta-se que nada será obrigado
   nem proibido,
   tudo será permitido,
   inclusive brincar com os rinocerontes
   e caminhar pelas tardes
   com uma imensa begônia na lapela.
 
           Parágrafo único:
 
           Só uma coisa fica proibida:
           amar sem amor.
 
 
   Artigo XIII
 
   Fica decretado que o dinheiro
   não poderá nunca mais comprar
   o sol das manhãs vindouras.
   Expulso do grande baú do medo,
   o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
   para defender o direito de cantar
   e a festa do dia que chegou.
 
 
   Artigo Final
 
   Fica proibido o uso da palavra liberdade,
   a qual será suprimida dos dicionários
   e do pântano enganoso das bocas.
   A partir deste instante
   a liberdade será algo vivo e transparente
   como um fogo ou um rio,
   e a sua morada será sempre
   o coração do homem.

  Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964


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Qualidade não tem idade

13:40




Não é preciso ter vivido mais de meio século para curtir as canções dos quatro rapazes de Liverpool. Outro dia mesmo, um aluno de 16 anos me perguntos se eu gostava dos Beatles e quando confirmei ele abriu um sorrisão.

Bem, pra quem também gosta da velha banda, uma coletânea das boas para alegrar esse Domingo ensolarado de Maio :-))

Versão em apresentação do Power Point:




Jukebox THE BEATLES.ppsx  (4,660 KB)



Versão em arquivo SWF (flash):




Beatles.swf  (11,373 KB)


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Math for dummies

19:21


Brincadeirinha, viu?


Por favor, tenha um pouquinho de paciência e espere o carregamento, okay?


Para aumentar o tamanho do vídeo, tecle Ctrl + +. Para voltar ao tamanho original, Ctrl + - .






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Todos juntos somos fortes!

10:27




Propor a um grupo de jovens, entre 16 e 18 anos, que se sente no chão, pegue canudinhos de refresco e linha de pesca e construa estruturas de sólidos geométricos? Nunca! Isso é coisa pra se fazer com crianças...

Pois bem. Encontrei uma galera incrível – a turma 1.209 do ISERJ (2011) – que não se importou a mínima e entrou de cabeça na brincadeira, levando a coisa como uma competição: o primeiro grupo a construir um cubo com todas as diagonais das faces e uma diagonal do sólido, ganharia meio ponto na média da etapa!

O vencedor, claro, foi o grupo onde estavam as três meninas da turma que é 75% masculina (rss), mas na verdade vencemos todos, pois duvido que algum deles vá se esquecer dos conceitos de aresta, vértice e face, assim como das fórmulas de cálculo das diagonais.

No final da 1ª etapa, pedi que fizessem uma avaliação do curso, mas não se identificassem. Dentre as muitas frases carinhosas, alguém escreveu que as aulas de Matemática eram as aulas pelas quais esperava ansiosamente. 

Gostaria de dizer aqui o que não pude dizer no Conselho de Classe (e eles sabem o motivo): Eu também espero ansiosamente pelo momento de dar aula pra essa turminha tão especial :-))









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Assédio moral nas escolas

08:55





O assédio moral, ilícito e muitas vezes silencioso, traz consequências desastrosas para o vitimizado e para a sociedade. Ele tem como pano de fundo uma questão crucial nos dias de hoje: a ética.

Vivemos uma crise ética que desemboca na quebra nos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana, como a lesão à dignidade. O assédio moral nas escolas causa danos profundos no indivíduo, e na sociedade onde está inserido; importante se faz refletir como combatê-lo a fim de assegurar um bom ambiente à pessoa em desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade conforme prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA). É necessária a prevenção, a compensação e até a penalidade para que cada ente assuma o seu papel responsavelmente.

Parte-se do suposto que é na escola que o indivíduo tem o papel de ser orientado e cuidado para que exerça a cidadania de forma ampla, capaz de internalizar seus deveres e ser detentor de seus direitos. Quando ocorre o assédio moral nesse ambiente, quebra-se um elo de ouro na educação. A dor da humilhação provocada por ela fere o indivíduo reduzindo-o a um quase nada. Leve-se em conta a resiliência: capacidade humana de lidar, superar, aprender ou mesmo ser transformado com adversidade inevitável da vida. O desafio é encontrar o caminho para promover a resiliência em indivíduos, em famílias, comunidades. A resiliência é uma força de resistência e de recuperação... Como saber que aquele indivíduo que sofreu o assédio na infância e adolescência terá a resiliência suficiente para superar a agressão?

Assédio Moral entre Superiores (professores, coordenação, direção, entre outros) e alunos: é conhecido como assédio vertical, devido a relação hierárquica estabelecida entre as partes. 

Pode ser: 

1- Assédio Descendente: quando o assediador é o superior e a vítima  o aluno;
2- Assédio Ascendente: assediador é o aluno e a vítima o professor, inimaginável há tempos atrás, pode provocar uma desestabilização da ordem mínima para atividade educacional adequada.

Falando do assédio descendente, foco do artigo, sua identificação pode ser iniciada por queixas explícitas da vítima, aos seus pais ou responsáveis. Porém nem sempre estes acreditam em tais queixas, visto que estes sabem da importância da disciplina na educação. Assim, a qualificação do assédio moral fica prejudicada, perpetuando o problema até consequências mais graves possam ser observadas.

O assédio nos remete à questão da ética e da moral, tentando entender as motivações do assediador, identifica-se um indivíduo "destituído das virtudes típicas dos cidadãos de alma nobre". O manipulador do assédio moral é movido por diversas razões, que variam de inveja ao desejo do poder, é certo que a virtude moral é decorrente do hábito e não da natueza humana. Aqui encontramos o "bullying", termo que vem do inglês: to bully, que significa tratar com desumanidade, com grosseria; e bully é uma pessoa grosseira e tirânica que ataca os mais fracos. A partir daí pode-se imaginar as consequências e o desenvolvimento dos distúrbios psicossomáticos da vítima: emagrecimento ou aumento de peso, distúrbios digestivos (gastrites, colites, ulceras), distúrbios endócrinos (tiróide), hipertensão arterial, vertigens, doenças de pele, etc...

O assédio moral pode provocar uma destruição da identidade e influenciar por muito tempo no temperamento da pessoa. "Pode-se curar um ferimento causado pela espada, mas não um ferimento causado pela palavra". É na escola que devemos assegurar os princípios fundamentais da Carta Magna, não apenas visando a punição do assediadores, mas sobretudo elaborando uma política de prevenção, com o fim de assegurar a formação do indivíduo para que ele se torne um cidadão ético e equilibrado para ser capaz de contribuir para evolução da humanidade. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.(Art. 18 do ECA).

Algumas categorias envolvendo constrangimento e humilhação:

- agressão física: ameaçar ou agredir fisicamente o aluno, atirar objetos no aluno para chamar sua atenção
- agressão verbal ao aluno: usar de forma abusiva a autoridade, tratar de forma pejorativa o aluno com palavras de baixo calão
- ameaças aos alunos: aumentar o nível da dificuldade das provas, ameaçar reprovar a turma se não estudarem, ameaçar de expulsão quem opina em sala de aula.
- acusação agressiva e sem prova: alegar de forma agressiva e sem prova que os alunos colaram, revistar de forma agressiva o material dos alunos.
- assédio sexual: assediar sexualmente o aluno convidando-o a ir à casa do professor, incitando-o a manter relações sexuais proponde-lhe permuta de notas
- comentários depreciativos, preconceituosos ou indecorosos: sobre orientação sexual, aparência ou deficiência física, criticar a profissão do aluno, criticar religião, queixar-se em sala de aula ou perante outros alunos da vida pessoal do aluno, tecer comentários pejorativos sobre habilidades, seu nome
- tratamento discriminatório: devido à aparência física ou condição financeira, discriminar alunos com idade mais avançada, privilegiar alunos com maior facilidade de aprendizagem
- rebaixamento da capacidade cognitiva dos alunos: comparar alunos de forma irônica, aconselhar alunos a abandonar curso alegando incapacidade do mesmo, enaltecer conhecimentos próprios, fazer comentários em público sobre dificuldades, desempenho e erros dos alunos
- desinteresse e omissão; não repassar orientações para trabalhos, desinteresse ao ministrar conteúdo
- uso inadequado de instrumentos pedagógicos: exercícios valendo nota, prova sem tempo hábil.

Assim, termino: "O homem é um animal cheio de mansidão e de essência divina, se é tornado manso por meio de uma verdadeira educação; se, pelo contrário, não recebe nenhuma ou a recebe falsa, torna-se o mais feroz de todos os animais que a terra produz".




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Eu vivi

09:49




E quando eu morrer,
amanhã ou depois não importa
só quero poder dizer: eu VIVI!

Mesmo com 20 anos
ou se for com 90
só quero poder dizer: eu VIVI!

Com os erros aprendi
os desafios eu superei
e se cheguei até aqui
é por que em todos os momentos eu VIVI!

Por mais difícil que seja a vida
por mais fácil que seja desistir
eu luto hoje por um amanhã melhor que ontem
eu VIVO o hoje sem saber se viverei amanhã
e assim no fim da minha vida, vou poder dizer:
EU VIVI!

E quando eu morrer não chores não
já chorei tanto e já sofri
no fim da minha vida eu só quero SORRIR
Então sorria por mim que assim eu continuarei viva
num lugar lindo e bem mais confortável no colo de Deus e dentro de ti.


Michelly Rosa

Publicado no Recanto das Letras em 09/07/2010
Código do texto: T2366881




 
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FRASE DO DIA

19:53




Durante um discurso até emocionado, numa reunião na escola, conclamando os professores à tolerância, à compreensão e até à assunção de culpas e responsabilidades, uma colega  disse que se considerava uma educadora.

Alguns minutos depois, outra tomou a palavra e disse, “Se ela se considera uma educadora, parabéns. Eu sou educadora dos meus filhos, em casa. Aqui, eu fiz concurso pra professora regente e não para educadora. Educação é problema da família do aluno!”.

Curiosidade 1: de acordo com o dicionário “Aurélio”, uma definição de educação é, “Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano.”;

Curiosidade 2: A não-educadora fez o tal concurso para trabalhar numa instituição chamada INSTITUTO DE EDUCAÇÃO.


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A Matemática contra a discriminação

11:40





Não há dúvidas quanto ao fato de que entre os homens não há melhores ou piores. São as oportunidades que temos ao longo de nossas vidas que legam aos seres humanos as chances para conseguir resultados mais ou menos expressivos. Porém, a retórica discriminatória sempre teve eco ao longo da história, encontrando inclusive alguns tristes expoentes que chegaram a causar grandes tragédias em virtude de seus pensamentos racistas, como Adolf Hitler.

Quem chegou a pensar, em algum momento, que a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial representaria para a humanidade um futuro de maior tolerância e respeito constatou que nem mesmo as mazelas vividas por judeus, negros, ciganos ou homossexuais (entre outros) diminuiram as perseguições sofridas por tantos grupos humanos ao redor do mundo.

Do apartheid na África do Sul à matança indiscriminada de grupamentos indígenas nas Américas na luta por terras e riquezas minerais, das guerras no sudeste asiático entre as superpotências da Guerra Fria (menosprezando e submetendo os povos locais a seus interesses) às perseguições desferidas contra imigrantes na “civilizada” Europa, as violências continuaram acontecendo.

Muitas vezes a discriminação é, porém, silenciosa. Ela não se revela na forma de espancamentos ou prisões arbitrárias. Não ficam marcas de hematomas ou cicatrizes que possam referendar as agressões. Há outras formas, muito mais discretas, porém tão nefastas quanto aquelas promovidas por membros da Ku Klux Klan ou das tropas de elite do nazismo. Refiro-me, nesses casos, à discriminação social e econômica, que exclui sem ser ruidosa, sem causar grande impacto ou comoção...

Nós, brasileiros, conhecemos essa triste realidade a partir dos índices de desemprego ou do perfil dos presos que lotam cadeias públicas em todo o nosso país. Por dados como esses ficamos sabendo que as chances dadas à população negra ou aos nordestinos e seus descendentes não são as mesmas oferecidas à população branca. E ainda pensamos no racismo como um fenômeno tipicamente norte-americano...

“O Preço do Desafio” nos conta a história de um grupo de estudantes de origem hispânica que, confinados a uma escola sucateada nos subúrbios de Los Angeles, superou as mazelas impostas pelo sistema para demonstrar que a etnia não é fator decisivo para o sucesso ou para o fracasso. Essa história provavelmente já foi vivida em outros locais dos Estados Unidos e, acredito, no Brasil. Ela poderia muito bem ser transposta para nossas terras e contada por professores e estudantes brasileiros que também já conseguiram superar tantas e tantas dificuldades.

Esse é o grande mote desse notável filme, a capacidade de superação, a gana (como dizem os personagens ao longo da projeção), a constatação de que a superioridade de uns sobre os outros não existe se as condições de vida e de trabalho são similares. E a razão de toda essa superação foi a disposição e a força de um professor de Matemática, também hispânico...

É por essas e outras que fico sempre a pensar porque muitas vezes reclamamos tanto se temos essa força toda dentro de nós!

O Filme



Jaime Escalante (Edward James Olmos, em atuação inspirada) é o novo professor de Matemática da Garfield High School (Ensino Médio), uma escola situada nos subúrbios de Los Angeles que tem uma reputação nada agradável quanto à disciplina e resultados de seus alunos. Escalante trocou um emprego rentável e muito mais tranquilo numa indústria pelo desafio de lecionar. Estava destinado a introduzir seus alunos ao recém lançado mundo da informática...

Ao chegar à escola foi surpreendido pela informação da não existência de computadores naquela instituição. Por esse motivo ficou encarregado de dar aulas de Matemática. Ao entrar na sala de aula pela primeira vez, outra surpresa, os alunos circulavam de um lado para outro, não se importando com a presença do novo professor e, menos ainda como o estudo que deveriam então realizar.

Escalante teve que, literalmente, se desdobrar para conseguir fazer com que os alunos participassem de suas aulas. Para isso, tentou cativá-los com a utilização de técnicas diferenciadas em relação ao que eles conheciam, mostrou interesse real pelo aperfeiçoamento de cada um dos estudantes que frequentavam sua disciplina e, acima de tudo, mostrou a todos que eles eram capazes de superar as dificuldades que se colocavam ao longo de seus caminhos a despeito das dúvidas que pairavam sobre sua capacidade pelo fato de serem hispânicos.

Não foi tão fácil quanto se possa imaginar. A rebeldia de alguns fez com que o professor passasse por situações difíceis, sendo inclusive ameaçado quanto a sua integridade física. Porém, respaldado pelo apoio daqueles estudantes que entenderam sua proposta e seu trabalho árduo, resolveu propor ao grupo um desafio ainda maior: aprender cálculo e conseguir passar nos exames de admissão para as melhores universidades a partir dos resultados obtidos numa prova nacional de Matemática (fato inédito para aquela escola até esse momento de sua história).

“O Preço do Desafio” (baseado em fatos reais) do diretor Ramón Menéndez nos apresenta uma história arrebatadora, onde as possibilidades de um grupo de estudantes são colocadas à prova diante de um grandioso desafio que poderá lhes fazer entrar não apenas no seleto mundo universitário, mas também, demonstrar que as discriminações às quais eram submetidos escondiam toda sua força e capacidade...

Aos Professores



1- Um dos temas abordados no filme “O Preço do Desafio” é a indisciplina. Frequentemente enfrentamos situações de desacato, desrespeito, apatia ou desinteresse por parte de nossos estudantes. Seja onde for, a indisciplina aparece como tema cotidiano das conversas entre profissionais da educação. E como lidar com esse dilema? O que podemos fazer? O mais importante, antes da tomada de qualquer decisão mais radical é que tentemos manter a calma, e o melhor é se antecipar a qualquer ato de indisciplina. Para isso é fundamental que os professores tenham suas aulas planejadas com o intuito de tornar o trabalho em sala o mais interessante e agradável possível. A diversificação, do uso do novo, só dessa forma poderemos tomar as decisões mais corretas para essas situações. No entanto, antes de remediar, o uso de materiais, a exploração das tecnologias de ponta, a articulação de trabalhos que envolvam os alunos e a criação de pontes que liguem o que está sendo aprendido com o que existe no mundo lá fora devem ser artifícios usados o mais frequentemente possível pelos educadores. Ao encaminhar seus trabalhos dessa forma, evitam-se muitos e muitos problemas...

2- A paixão demonstrada pelo professor Escalante pela Matemática é outro fator importante apresentado em “O Preço do Desafio”. O respeito dos alunos pelo professor e pela disciplina por ele ministrada aumenta na medida em que essa relação de proximidade pelo conhecimento fica mais evidente. É lógico que não basta isso, é necessário que cada professor aperfeiçoe suas práticas pedagógicas a fim de permitir que seus educandos entendam as relações entre o conhecimento lecionado e o mundo em que vivem...

3- Quando dialogamos com nossos estudantes e firmamos um trabalho em que se estabelece um contrato pedagógico, através do qual se definem as responsabilidades e compromissos tanto dos professores quanto dos estudantes, fica muito mais fácil trabalhar e se evitam diversos tipos de problema. Questões como pontualidade, frequência, avaliações, postura, vestuário e materiais, quando discutidas antecipadamente, permitem que o professor e também os alunos se sintam como parte de um grupo, no qual todos devem respeitar as normas discutidas para garantir um melhor ambiente para todos.

4- Entre as estratégias utilizadas pelo professor Escalante em “O Preço do Desafio” podemos perceber as aulas expositivas e os exercícios em série como um recurso muito comum. Quando falamos na necessidade de renovar nosso estoque de recursos, introduzindo uma prática que integre mais os estudantes ao processo de construção do conhecimento, não estamos pregando o fim da utilização de exercícios e aulas expositivas, mesmo porque elas ainda são (e sempre serão) recursos valiosos para as aulas dos mais inovadores e arrojados educadores. O importante é que utilizemos também essas técnicas desde que venham a ser contextualizadas e adequadas aos novos tempos, a uma nova clientela e não apenas meras reproduções de conhecimento livresco. Devem ser debatidas, enriquecedoras, inclusivas e abertas sempre a qualquer questionamento.


Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós-Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Colégio Poliedro de São José dos Campos – SP.


Ficha Técnica

O Preço do Desafio
(Stand and Deliver)


País/Ano de produção: EUA, 1988
Duração/Gênero: 103 min., Drama
Direção: Ramón Menéndez
Roteiro: Ramón Menéndez e Tom Musca
Elenco: Edward James Olmos, Lou Diamond Phillips, Andy Garcia, Estelle Harris, Virginia Paris, Mark Eliot, Will Gotay, Patrick Baca. 





Nota:


Jaime Alfonso Escalante Gutierrez (Dezembro 31, 1930 — Março 30, 2010) foi um educador boliviano radicado nos Estados Unidos que ficou conhecido por ter ensinado Cálculo de 1974 a 1991 em Garfield High School, Los Angeles, California. Escalante inspirou o roteiro do filme "O Preço do Desafio" (Stand and Deliver - 1988), no qual foi interpretado pelo ator Edward James Olmos.


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Pão e circo

10:09




Nem só de conteúdo teórico sobrevive uma sala de aula. Bons alunos precisam e merecem alguns momentos de descontração.

Vejam só o momento "circo" da Turma 1.209 do ISERJ (2ª Série do Ensino Médio):








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Dicionário de Antônimos

21:49





ABAIXO: A alto
ABREVIADO: Fechamacho
ANDAR: Anreceber
AMAZONAS: Amaigrejas
ATADURA: Atamole
BARBICHA: Barmacho
BATERIA: Apanharia
BOMBOM: Ruimruim
CABELO: Cafeio
COMBUSTÃO: Sembustão
CONVENTO: Semvento
CORRETO: Cotorto
DIABO: Noitabo
EDIFÍCIO: É fácil
ENTREGUEI: Entremachos
GATO FELIX: Rato Tristex
GARÇOM: Garsilêncio
OBSCURO: Obclaro
OCULTO: Oburro
PAIXÃO: Mãeteto
PICARETA: Picatorta
PINCEL: Pinferno
PLANALTO: Planbaixo
SEMENTE: Sefalaverdade
SIMPATIA: Nãoprotio
SOLDADO: Chuvadado
TAMBÉM: Tamal
VERRUGA: Esconderruga
VOLÁTIL: Voltocatía


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Tolerância já!

20:57





Enquanto isso, numa sala de aula em Kabul...





"Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder." –  Abraham Lincoln



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Mascotinho

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"Sou apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder. Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar o meu destino. Com dignidade."

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